Ivan

TORMENTAS

Sinto as brumas da tempestade acariciar meu peito

E permito que rajadas de vento beijem minha face...

Percebo que as ondas do mar gritam e assaz disfarcem

O enlevo que doutrina o sentimento sutil e desfeito...

 

Compreendo que as horas tramam profundo vaticínio

E, desde então, soterro em mim vanguardas de amor

A fim de que possa eu socorrer-me e ainda recompor

A inaudita atmosfera que reina e me cobre de fascínio.

 

Noto que a sofreguidão mora enjaulada e vive estéril,

Este é um dilema soturno que alavanca grande mistério

Dentre os pelourinhos solfejados pelo desejo de amar...

 

Consumo da borrasca sensações indeléveis e inseguras

Que me fazem expatriar do prazer o ápice das aventuras

E me deixo seduzir pelo idílio triunfante que é peculiar!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo