Traço-me perpendiculares num axioma ortodoxo.
Nas linhas concorrentes, visto-me de retas oblíquas
E, no paralelismo das encruzilhadas, bebo a vida...
Sou anacrônico nas retas horizontais e verticais do saber
E, abaixo das bissetrizes geométricas, canto a comédia
Em que se perfaz o conhecimento; então, como os sonhos.
Ergo-me das mediatrizes que delatam sinfônicas tangentes,
Pois os cossenos ferem os atributos de alfa em sutis degraus
Em que as curvas dos produtos notáveis da verossimilhança
Abafam gemidos bifurcados e sinuosos de algoz esperança.
Assimétricas são as relações poligonais das relações humanas,
Enquanto no topo das afeições híbridas do contexto semiótico,
As semirretas diluem os segmentos perimetrais das ilusões
Visto que no âmbito aquoso das paredes dos vértices obtusos
As áreas e os volumes se multiplicam em amores diacrônicos!
DE Ivan de Oliveira Melo