Das tentações, a poesia me liberta.
Dos vícios, liberto-me dos abismos.
Do pecado, soterro todos os niilismos
Que ejaculam fantasias sobre o poeta.
Da sensualidade, descrevo sobre perfis.
Da sensibilidade, exponho tons criativos.
Do lirismo, dissipo todos os pejorativos
Que fazem naufragar todos os idílios servis.
Da existência, sou um retratista sem pudor.
Da morte, nada tenho para obrar ou depor,
Porque é uma semente que não tem raízes...
De mim mesmo, sou um vácuo intransigente.
Sou vida, sou amor, afinal, um ser consciente
Que busca nas horas algozes, os dias felizes!
DE Ivan de Oliveira Melo