Carlos Lucena

O QUE SOU

ESSÊNCIA 

Quem foi ele
Quem foi ele
Ele é a beleza castigada na neve
Ele é o corpo despido
É a alma nua
É a Bruma leve.
Ele é o rico
Ostensivamente pobre
Ele é o beijo que não tremeu
É o braço que abraçou
E não correu
Ele é da labareda
Pequena fagulha
O silêncio da mensagem
Ele é o abraço
Sem cansaço
Barulho que acalma
Transportando a alma
Ele é  virtude
Que soa como música no alaúde.
Ele ouviu a voz
Ele seguiu a voz
Ele reconstruiu
Ele sentiu
Mas só depois ele entendeu...
Não foi ciência
Nem inteligência
Foi essência.