Thiago R

A Branca Lua

Não me envolve o poente em alvuras,

E meu peito repleto de agonias...

Se tornaste um solau de amarguras,

Um canteiro de melancolias. 

 

Reflito sobre a morte na clausura,

Uma lís que pendeste em terra fria...

É a vida, alva como a sepultura,

Que por dentro é soturna e vazia. 

 

O que resta senão desses gorjeios,

A saudade no ocaso ressurgindo 

Num caminho de lembranças e anseios...

 

Vibrem os sinos do alto campanário,

Enquanto a lua branca vai seguindo 

Na vereda eternal do seu fadário. 

 

Thiago Rodrigues