Ê esperança demorada de chegar!
O povo que ali está
Olha para o tempo pedindo clemência
Na mesa já falta alimento
Combustível sagrado para sobrevivência
O pasto seco o único sustento dos gados
São as palmas plantas de resistência
O homem da janela olha o cenário triste castigado pela seca
Começa a rezar.
Deus manda água abençoada
Seu povo está sofrendo
Os gados morrendo
A gente precisa plantar
No cair da tarde eles se recolhem
Sem ter o que comer
Enfraquecidos dormem
O sono alimenta a alma
No silêncio o único eco
É o anunciar da fome
Deus misericordioso.
Começa mandar chuva
A gota da esperança tímida
Mas logo se espalha a pouca plantação que quase morrerá
O povo que se encontrava triste logo abre um sorriso acanhado.
Ajoelhados fazem uma prece
E agradece o milagre alcançado.
Autora: Gisele Cunha