No crepúsculo de uma noite
sem lua e sem estrelas...
Uma escuridão sem cor...
Esconde jardins sem flores...
Numa janela de uma casa sem
portas...
No silêncio você me olhava...
Com o brilho de seus olhos
verdes feito ilhas de vaga-lumes...
Tocavam meu rosto com
nuvens cinzas de algodão...
Onde pássaros cantavam no
telhado...
Na doçura alcoólica de uma
música triste...
Sem som e sem palavras...
Numa garrafa de vinho tinto com
um sabor secreto...
Cor de sangue embreagado...
O meu coração perguntava...
Onde está você...?...
Nessa ausência que demora...