CORASSIS

O que escrevo

O que eu escrevo tem um imposto indelével                                                                                                                                                             a não  reduzir a minha dor  ,
claro, meigo e absoluto de carinhos
o que está ínfimo, é o que talvez  registre  sobre o  amor 
para o leitor de alma branda ou pequena
o que pretendo tem voz insana
e como frutas sortidas na banca
fora de estação
nunca foi o oferecimento do que é justo e perfeito  sem  esperança!
mas cada um tem a sua como santa
e que seja absoluta  em  lutar contra  toda má herança
o que desejo tem  peso pena
não é com a morte 
é com a vida que fortifico aliança
que exista  paz serena e que a dor não engendre  raízes
a genética de meus pais se desprenderam de mim 
mas até que tento
e também  não  entendo
meus rebentos !
e a falta dos beijos que lamento
desejo menos espírito de Judas em mim!
se eu pudesse produziria em série
máquinas   do tempo
teria encomendas  a produzir para  muitas temporadas
e seriam as  pessoas com cabelos cansados , despenteados pelo tempo 
que primeiro retornariam  a seus  belos momentos !
se eu  pudesse ter uma destas máquinas  ...
a querida vila que voltaria, sim .
procuraria a Alice a primeira professorinha
de sorriso marcante  que  eu diria :
-que a minha  timidez  ainda tem marcação cerrada                                                                                                                                             em toda minha pouca audiência terrestre
e que ela é minha eterna mestra
junto com meus  pais  e avós ,
Iniciaram minha jornada
minha esperança  perto do fim, 
que não almejo chegar