Meus dias em dolências vão seguindo,
Murmúrios de esplêndidos verdores,
Nuances de poentes reluzindo,
Nos trilhos dos meus atros dissabores.
A cova que me espera reflorindo,
E que cessa os lamentos e clamores...
É tão negra como a noite diluindo
Sem a áurea dos etéreos resplendores.
Vagam em outras místicas neblinas,
Os luares dos teus olhos enfermos,
Na candura das pálidas retinas...
Ó pétalas de lís em noite calma,
Porque andas a tristeza nesses ermos,
Se quem sofres ao olhar-vos é minh\'alma!
Thiago Rodrigues