Carlos Lucena

O QUE SOU

O QUE SOU

Eu sou o riso que se abre
E sou a lágrima 
que escorre
Às vezes o sorriso 
em mim não cabe
Em outras, o choro 
em mim não morre.

Eu sou 
a alegria insistente
Eu sou liberdade 
não permitida
E a tristeza permanente
De uma lágrima 
Enternecida.

Eu sou um verso 
não explícito 
Uma parábola
Que às vezes 
nada manifesta
Sou um poema 
não escrito
E não sou nada
Sou apenas um poeta!