Carlos Lucena

TEIA URBANA

TEIA URBANA

A cidade é assim:
Cheia de pânicos
Cheia de cânticos.
De muitas flores
Muitos amores
Noturnas cores
Ali se dão. 
A cidade é assim:
De luares encantadores
E de noturnas sombras medrosas
Guarda mistérios, segredos e amores
Em suas histórias nervosas.
A cidade é assim: 
Cheia de gente apressada
Confusas vidas
Praças 
Sarjetas 
Calçadas
Solidões  assistidas
Placas coloridas
Barulho
Silêncio e som
Ja não é mais neon
E agora é brilho 
que se perde
É puro led
A cidade é assim
Cheia de cântico
Cheia de pânico 
Repleta de amores
E lá no canto
Bem lá no fim 
também tem dores
Cores
Flores
Odores
Tem riso 
Tem choro 
Que rir e chora 
perto de mim.