Estamos vivos, logo podemos nos levantar
Mas você nunca mandou uma carta para se lamentar
Das maldades que anda fazendo, das pessoas anda pisando
Empresas, fábricas, lixo, consumo, dinheiro
Veja, o mundo está morrendo e estamos de braços cruzados
Veja, há pessoas passando fome e preferimos ignora-las
Mas, uma hora tão longe que lhe aguarda, você irá ser cobrado
E não irá ter garantia, dinheiro, o que for, para salvar o que foi desperdiçado
Então quando tudo for despedaçado, quando as casas caírem, quando tudo pegar fogo
Não quero ouvir suas desculpas, não quero ler o seu rosto
Não se esqueça que estamos vivos, não se esqueça de nós
A história continua, a mudança é vivenciada, queiramos ou não
A parte mais triste, é pensar que financia a própria destruição
Eu tenho tentado aproveitar os minutos que me restam
Eu tenho tentado reverter o que eu quebrei, parti, magoei e machuquei
Prefiro ver o meu sofrimento do que o de quem amo
Não consigo acreditar nas palavras que você expressa
Não consigo entender como a massa é hipnotizada pelas mentiras
Os dois lados da moeda, iguais, não há diferenças, ambos são água suja e galhos quebrados
Eu deveria sair daqui, mas não posso esquecer dos outros, cravando cada um deles na minha mente
Uma porcentagem mínima, um resto da população
Que ainda acredita que as coisas podem ter solução
Mas, não agora, ainda há muita lama nos nossos pés
Eu temo que os alucinados fiquem sempre na mesma podridão
Mas eu não vou esquecer do que vocês fizeram
Não vou me esquecer dos outros....