Ouço barulho da água
Saltitando na cascata
Um aguçado sentido
Pelo zunido da mata
Paisagem da natureza
Onde a pureza retrata
“Samba de uma nota só”
Que no gogó se desata
As luzes do Sol da Lua
Tecem os raios no chão
O clarão fusco sem fim
O estopim faz explosão
Da nau surfando a onda
Tal sonda na exploração
Há sofisma de voz rouca
Qual boca dum furacão
A experiência do passado
Fica devendo ao presente
A consciência é jogo duro
Para um futuro consciente
Mais a mensagem é lutar
Num idealizar diferente
É condição que depende
Da vida ascender a gente
Linha do hemisfério sul
Divide ilhas na Oceania
“Ler é um sofrido prazer”
Bloom disse isso um dia
Já há franquia do saber
Ao ler Camões que dizia
“Lá onde a terra se acaba
É onde o mar principia”