Há quem chore em frente ao espelho;
Soluce, em prantos, no chuveiro.
E os que recitam em alto tom
seus próprios versos.
A voz ecoa em meus ouvidos.
Certas palavras nem fazem sentido,
como um mantra que repito
em desconhecido dialeto.
Eis que, pela vigésima vez,
me enxergo em versão reduzida,
encenando cada rima
no palco da minha vida.
Da plateia, entendo o enredo.