Um peregrino, um nômade, um indivíduo...um fantasma
Procurando algo, alguém, que o veja, que diga ele existe
Procurando respostas da sua mente, ele continua vagando pelos corredores, pelas ruas, pelas janelas
Se eu dissesse que esse fantasma está mais perto do que parece? Se eu dissesse que esse fantasma fosse eu?
Olhos ferozes, mas ao mesmo tempo frágeis
Pano branco que está sujo de tanto vagar
A única companhia que tem é o céu que ele observa
O único motivo de procurar...é a esperança de alguém conhecê-lo
Se eu dissesse que a vida nos faz invisíveis diante das situações?
Se eu dissesse que você não fez diferença na vida de alguém?
Se eu dissesse que não reconhecem o seu rosto mesmo você lembrando dos outros?
Se eu disser que queria atenção, você escutaria minha história? Você deixaria eu me aproximar?
Pensamentos demais, preocupações demais
Sinto que as coisas estão perdendo as cores
O conto de fadas nunca fez sentido de qualquer forma
A história está acabando, apagaram as luzes, mas eu ainda não dormi...ainda não descansei
Deveria ser bastante conveniente falar com alguém
Tenho a sensação de que vejo as coisas como se fosse a última vez
Percebo que dou valor para pessoas que não se lembram nem da minha face
Afinal, eu sou um fantasma, que se mistura com a multidão....
Eu percebo os olhares frágeis, quem precisa de ajuda
Tento prestar ajuda, mas afinal, quem vai me ajudar?
Eu não consigo lembrar, lembrar a sensação
De ter o calor afetivo de quem se importa com você....
Apesar de tudo, o fantasma deposita esperanças
Em algo que não tem sentido, que não tem retorno
No fim, quem irá ficar sozinho, é ele novamente
No fim, eu vou entender que tudo foi...uma perda de tempo....vagando pelos corredores....