Quando seca o pranto…
Ema Machado
Retorno ao nosso lugar
Abro o olhar à suas sagas
Quem tem o direito de julgar
Carregador de penúria e tantas mágoas…
Eras o ser quase inocente
Enquanto todos o mal diziam
Mais e mais, sua história ficava deprimente
Ninguém merece, o crucificaram…
Não podias dar, o que nunca tivestes
Tão pouco ser, o que deverias?
A história se repetia, e de vida, tinhas sede…
Partiu, gradativamente foi secando
Eras o galho arrancado do tronco
Sem folhas, sem vontade, sem pranto…
Não sabia o que dizer
Sentir-me inútil, tudo que pude fazer
Doeu saber, não fui…o que quis ser…