Sob o céu bem exposto do lado de cá, construo uma nova e indestrutível ponte para um dia poder chegar do lado de lá...; com as quimeras silentes que sonho olhando o acinzentado do horizonte com o meu olhar mais brilhante e risonho. Enquanto penso no esplêndido paraíso que no futuro vou plantar flores e poesia, pelo caminho concreto e impreciso que ando despercebido na rasa vazante, apegado certamente `a sutil ideologia que busca a energia boa do que está distante... Para, na minha existência breve e fugaz, não ficar dentro do meu quarto cômodo e peremptoriamente fazer tudo que sou capaz sem inércia e nenhum grande incômodo... Porque vejo postado entre a estúpida beleza uma sombra da feiúra que preciso combater para me prevenir do rodeio da tristeza que não deixa a vida vigorosamente florescer...