ENCANTOS
Na minha mente
As minhas mãos.
Nos meus olhos as lentes cegas do meu coração.
Penso que sou
uma máquina
Penso que sou sou a luz escura de um palco, de um altar ou de uma cruz
Uma máscara
Que esconde
o rosto de um sonho
Ou a poesia que
qualquer boca canta.
Vejo a madrugada que qualquer estrela encanta
E recito as parábolas em versos de um poema medroso que me espanta
Grito as estrofes nervosas de palavras
que de um poema
se levanta
Para saudar
Com suave música os poetas que
fazem da noite
E das estrelas do céu
As pérolas encantadas de um bordel!