Infringir
A noite gélida castiga
Com uma dor lancinante
A mesma alma que litiga
Dentro na madrugada fria
Coração inócuo e pequeno
Na noite segue sorrindo
Batendo forte mas sereno
E noite adentro segue mentindo
Cometendo o autoengano
Para si mesmo ludibriar
Varrendo para baixo do pano
Verdades que não quer enfrentar
A lua entre nuvens e a garoa
Acalma os batimentos
Do coração que suspira e entoa
Saudade dos velhos momentos.