São só quimeras deleitando esse dia.
Dia de fardo pesado, outro dia simplesmente,
entre necessário sair e regressar sempre,
ainda que essa casa não conforte, não alimente.
Foram-se os momentos de poesias,
os encantamentos e sonhos se perderam por aí.
Resta o tédio, a submissão a essa vida torpe.
Restam esses dias enfastiante que não passam.
Muitos me diriam que há outros motivos nessa vida!
Não sei, não os vejo daqui da minha janela,
dos meus arremedos, dos meus destemperos.
Só vejo cicatrizes entre lembranças e apatia.
Não me venham com justificativas, explicações!
A vida é assim, entre impotência e contradições.
Meu espaço emocional se reduziu a esses silêncios,
nessas fraturas que me cercam, não me iludo.