Doffinger

Morte

Sedento pedaço que habita em mim ali dentro

Logo depois de levantar senti a maldade que lamentes

Sua grande fome por vida me fascina e na dança entro

Estranho eu o ter, e ainda sentir tantas partes ausentes

 

Finco a ponta de minha foice sobre a batida do coração

Todo tipo de alma que levo põe sua digital na eternidade

Neste lugar sentirá o sangue correndo fora de seu cordão

Enquanto a inércia empurra sua alma ao fim da profundidade

 

A morte faz a vida enquanto o chão destrói a gota da chuva

Eu sou apenas o amigo da dor no breve caminho de seu ciclo

Nenhum deus se livrará de mim, esta realidade ficará viúva

Uma pena ser inevitável o fim vir em um único botão que teclo

 

Manter o perfeito equilíbrio entre o profundo vazio e a existência

Se faz breve perante a singularidade que não se pode saber sobre

Escreva sua pequena linha enquanto pulsos garantem a sobrevivência

Debaixo da terra não se pode mais pedir perdão e a alma fica podre

 

Não existe diferença entre o propósito de uma formiga ou um deus

No final toda a teia de possibilidades será inteira feita em equilíbrio

Sua alma debaixo de tudo se contentará plenamente em prantos seus

Estranho como o destino se conecta mesmo todos tendo o livre arbítrio