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Tiago Slonik Lacerda

Tingiram-se as nuvens de vermelho

Tingiram-se as nuvens de vermelho,

No instante em que a tarde caía 

E eu via o céu como um espelho,

Onde minh\'alma  refletia.

 

E diante do céu que refletia o infinito,

Inebriante em contemplação;

Ficou meu espírito num gesto bonito,

Em atitude de oração.

 

E naquele precioso instante 

Em que contemplava o belo amor,

Vi a luz da tarde agonizante,

Deixar morrer seu esplendor.

 

Então como um manto que se estende;

Estendeu-se a noite plena

E quem este mistério desvende,

Não terás a alma pequena.