Caía a tarde lentamente
E eu desci para olhar o rio,
Que levava nas águas corrente;
A ilusão e o medo frio.
E ao ver passar correndo,
Imerso nas águas o medo,
Senti a alegria me envolvendo
Por deixar ir o meu segredo.
Em meu peito o coração pulsava,
Às margens do rio que eu via
E quando ele em silêncio ficava;
O seu murmúrio ao longe ouvia.
Era um murmurar brando e frio
Que na ilusão do medo indo,
Imerso nas águas do rio
Ía pelo ar subindo.