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Tiago Slonik Lacerda

Caía a tarde lentamente

Caía a tarde lentamente 

E eu desci para olhar o rio,

Que levava nas águas corrente;

A ilusão e o medo frio.

 

E ao ver passar correndo,

Imerso nas águas o medo,

Senti a alegria me envolvendo

Por deixar ir o meu segredo.

 

Em meu peito o coração pulsava,

Às margens do rio que eu via

E quando ele em silêncio ficava;

O seu murmúrio ao longe ouvia.

 

Era um murmurar brando e frio

Que na ilusão do medo indo,

Imerso nas águas do rio

Ía pelo ar subindo.