... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

MALQUISTO FINAL

Vejo a minha poesia sem ousadia

Quando olho a poética no cinismo

Carregada de acaso, de ceticismo

Toda revestida de pouca quantia

 

Sem outra escolha e companhia

Sem um sussurro ou um lirismo

Enodoada de incolor simplismo

Que tanto põe minh’alma vazia...

 

Vou de uma sensação bucolista

Nos versos contendo a saudade

Onde chora a essência do artista

 

Então, tão cheio de árduo ritual

O soneto é bruto e pela metade

Assim, tendo um malquisto final.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

29 agosto, 2022, 21’15” – Araguari, MG

 

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