Jp Santsil

Iludido Corredor

A vida é como um corredor

Cheio de portas

Cheio de portas

Corredor escuro do meu obscuro

A vida é um corredor

Com portas a direita

Com portas a esquerda

Portas fechadas

Portas abertas… de mim mesmo

A vida está no corredor

Que depois da sala acesa por castiçal e vela

Na entrada da subida e espiralada

Largos degraus

A Escada… escuro se ofuscou

Atiçando a curiosidade do viajante

Que nele em imaturidade optou

A vida virou almejo do fim do corredor

Daquele viajante de vidas que em várias portas adentrou

Muitas delas por curiosidades destrancou

E em degraus decadentes se lançou

A vida é o corredor que não se pode voltar para trás

As portas que abriu não se fecham mais

É andando para frente que a dor se desfaz

O objetivo da vida virou a luz de encontrar o fim do escuro corredor

Onde portas duplas opostas

Optam-se como propostas

No desejo daquele que gosta

Na carência de quem sofre de amor

Abrem-se portas que nunca deveriam ser abertas

Fecham-se portas de maravilhosas inexistências descobertas

Sendo que as portas duais são apenas distrações

Que param o viajante em dramas emoções

Abrindo portas de prazer

Fechando portas de dor

Regressando ao caminhar do corredor

Daquele pelo qual o SER optou

A descer as escadas do salão luminoso

Em que o escuro corredor tenebroso

A curiosidade inocente, casta, porém, desobediente

Despertou!

Há de se entrar e sair da última porta

Há de persistir pelo fim do corredor… que a curiosidade decadente fez da alma o viajante

De sempre seguir adiante… a encontrar a luz do fim do corredor que o pobre coração optou

A vida é o corredor do viajante

As distrações estão muito-bem adiantes

Em inúmeras portas saborosas… doces… picantes

Achocolatadas no prazer do orgasmo falso amor

Pelos quais, o viajante, iludido parou

Após tanto sofrer

Após tanto prazer

Depois de tanto chorar

Após tanto alegrar

Depois de tanto abrir

Depois de tanto fechar

Sangrar!

Morrer!

Viver!

Sangrar!

A alma cabisbaixa… volta ao mesmo lugar

Com humildade, sem opção, retornar a caminhar

As portas, dessa vez, deve ignorar

Acreditar com fé que a luz há de brilhar

No escuro do iludido sonhar

Viajante caminhante do mesmo lugar

Corredor interior do meu dolorido despertar

Que ‘O Fim’ é luz de se chegar… harmonioso… ao inicial LUZ do mesmo lugar

Que decaí do topo da escada…

Que curioso desci a regressar…

A vida é o viajante do corredor

Daquele desobediente que decaiu e optou

A ter a consciência da proibição do seu Criador

E no topo da escada, dessa vez, experiente consciente, o espírito sábio se instalou

Porque um dia conheceu a inocência da ilusória dor do seu interior

Que pela desobediência decadente a sua Divina Essência

O conhecimento-sofrimento do bem e mal de momento a momento… no iludido ilusório tempo… a sabedoria o glorificou

A optar pelo DIVINO, e único, VERDADEIRO AMOR

A vida é a busca da luz do fim de todo fim de todo corredor…

Por favor!

Não pare!

Continue…

Por favor!

Não por mim…

Não por ti…

Não por nós…

Não por todos…

Só por AMOR