carlos correa

VĂ³rtice

Eu estava meio distraído
Sentado na mesa daquele bar
A guitarra preenchia meu ouvido
Não sei se queria estar em outro lugar

Vi quando entrou trazendo a tempestade
Molhando tudo ao redor como um furacão
Que sopra sonhos girando com sensualidade
Seus cabelos fazendo de seus olhos minha prisão

E foi exatamente no olho do vórtice que senti paz
Sendo de imediato tragado quando o funil tocou
Meu solo preferido tornando-me parte voraz
De um fluxo febril de desejos e deleite que me invadiu

Dizem hoje por aí que foi naquele bar esfumaçado
Com perfume de whiskey que um cara desapareceu
Ninguém lembra ninguém sabe ao certo que aconteceu
Juram ter visto de mãos dadas uma tempestade e um tornado

...por aí...

Deus abençoe as forças da natureza
Carlos Correa