José Ribeiro

Rio das Balsas

No encontro da chapada das Mangabeiras

Com a bela serra do Penitente,

No auspicioso sul do Maranhão,

Localiza-se uma dádiva, que é sua nascente.

 

Em seu início de elevada altitude,

O longo declive segue veloz...

Mas quando se distancia e cresce em volume...

Vai desacelerando para chegar suavemente a foz.

 

Rio em que no passado muitas balsas navegaram,

Entre o vasto sertão maranhense...

Levando pessoas, animais e mercadorias,

Até a vizinha e hospitaleira, terra piauiense.

 

 

Em tuas águas esverdeadas já fiz descida de bóia

Do Canaã ao centro da cidade e muitas vezes mergulhei,

No teu leito amenizador que era nossa diversão infantil,

E foi em tuas verdes margens que o primeiro beijo roubei...

 

Rio que banha o cerrado, as lavouras e a cidade de Balsas,

Que seja perene e preservado. E que se realize sempre o dito popular

Que diz que “quem bebe da tua água algum dia há de voltar.”