Forças desconhecidas movimentam em mim,
nisso sou mais uma peça do universo doce a bailar
A natureza do tronco que boia nas águas do imenso rio do Tao que desemboca
nos sobes e desces da Kali Yuga águas do mar dos sentimentos,
Maia das emoções, Samsara dos tormentos,
o Dharma que sinto não me admite ao Karma de Mara me ver parar
Sou o dono, sou o chefe
o meu senhor, o meu mestre
sempre confuso nesse sobe e desce,
constantemente alegre no caminho do Sagrado Despertar
Sou o forte no fraco
o príncipe no sapo
a flecha no mato
do caboclo com o arco
que me mira ao me ver passar
Sou a Grande Árvore no pequeno banzai
que da Grande Terra suas raízes apartadas
no pequeno vazo confinadas
limitando o infinito alcançar
Me tira desse limite Ó Dono e Dona de mim
planta-me na terra sem fim
onde minhas raízes possam a rede de micélio conectar
crescer e se espalhar, nutrindo o meu pensar
no retorno a casa, ao soberano iluminar
Que o Mariri, Jagube de mim, Liana, Yagé, Caapi
Ayahuasca, cipó, se enrosque em mim
me faça Luminoso assim,
na Grande Espiral
da Terra Sem Mal
Colorido Universal
Eu Jiboia, Jaguar, Condor
O único confiável Professor,
A flecha do arco que me curou
Coração do Caboclo da Mata do Amor
A cura do amante Guerreiro Curador
que
o
velho
fraco
doente
em
mim
hoje
assim
amando
matou