Jp Santsil

Eu curador de mim

Forças desconhecidas movimentam em mim,

nisso sou mais uma peça do universo doce a bailar

A natureza do tronco que boia nas águas do imenso rio do Tao que desemboca

nos sobes e desces da Kali Yuga águas do mar dos sentimentos,

Maia das emoções, Samsara dos tormentos,

o Dharma que sinto não me admite ao Karma de Mara me ver parar

Sou o dono, sou o chefe

o meu senhor, o meu mestre

sempre confuso nesse sobe e desce,

constantemente alegre no caminho do Sagrado Despertar

Sou o forte no fraco

o príncipe no sapo

a flecha no mato

do caboclo com o arco

que me mira ao me ver passar

Sou a Grande Árvore no pequeno banzai

que da Grande Terra suas raízes apartadas

no pequeno vazo confinadas

limitando o infinito alcançar

Me tira desse limite Ó Dono e Dona de mim

planta-me na terra sem fim

onde minhas raízes possam a rede de micélio conectar

crescer e se espalhar, nutrindo o meu pensar

no retorno a casa, ao soberano iluminar

Que o Mariri, Jagube de mim, Liana, Yagé, Caapi

Ayahuasca, cipó, se enrosque em mim

me faça Luminoso assim,

na Grande Espiral

da Terra Sem Mal

Colorido Universal

Eu Jiboia, Jaguar, Condor

O único confiável Professor,

A flecha do arco que me curou

Coração do Caboclo da Mata do Amor

A cura do amante Guerreiro Curador

que

o

velho

fraco

doente

em

mim

hoje

assim

amando

matou