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LEIDE FREITAS

O HOMEM DOS SONHOS!

O HOMEM DOS SONHOS!

 

Nesta manhã acordei um pouco agitada, desapontada e mais triste que os outros dias. O homem dos sonhos não veio como prometeu. E eu desejei tanto, tanto!   

Pensava: _ Como poderia sumir assim! Foi tudo tão real. Os beijos sedentos de paixão. Os olhares fixos, no melhor estilo, olhos nos olhos. Inconformada voltei para cama, abracei o travesseiro, fechei os olhos e me entreguei as mais doces lembranças. Como queria ele aqui, me beijando com sua boca gostosa e quente.

De súbito, uma brisa agradável invadiu o quarto, enquanto uma bela borboleta de um azul acentuado, quase indescritível, se exibia, pousando na janela. 

Pensei: _ Ele está aqui comigo!

Fecho os olhos e agora posso, finalmente, sentir seus lábios tocando os meus. Suas mãos firmes acariciam meus seios e mamilos, com destreza desliza a língua macia de barriguinha abaixo e sutilmente toca meu umbigo. Neste exato momento ele poliniza as pétalas da minha orquídea em chamas. Minha rosa tenra, tensa e cheia de desejos é sugada gulosamente por sua boca. Deliro de prazer e tenho orgasmos múltiplos. Por um longo tempo ele beija minha rosa viçosa e orvalhada. A saliva que brota da sua boca tem sabor de amora silvestre. Verifico isso, após beijar seus lábios afogueados. Não resisto, mamo faminta em sua cana espessa e de considerável proporção, eu mesma a introduzo, ávida, na minha boca quente. Estou à deriva deste prazer! 

   _ Como pode? Estou satisfeita e ainda tenho desejo de sentir o seu belo antúrio em mim. Fico sentada à beira da cama, fecho os olhos e…

Sinto penetrando em minha boca, o caule robusto do homem dos sonhos, como se não houvesse amanhã, sorvo esse tronco vivo e pulsante.

Peço em pensamentos: _ Deguste a minha rosa-rubra, meu amor, meu homem lindo, por favor.

Ele sorri, percebo, e em um movimento quase imperceptível aos olhos, balança a cabeça negativamente. Com suas mãos fortes me ajeita devagarinho na cama. Fico empinadinha e nesta posição, ele contempla minha orquídea e o lótus escarlate. Depois brinca incansavelmente, deixando ambos molhados de prazer, ao mesmo tempo que beija e alisa com as pontas dos dedos. Acho estranho, mas o tesão compensa tudo. Corpo suado, coração acelerado, estou quase em transe. De repente, sinto o hibisco dele entrando fundo na minha orquídea. É o início de novas peripécias orgásmicas.

Penso: _ Cara, é tudo tão real! Vivo nitidamente este momento lindo e apimentado. 

Observo que minha orquídea guarda ainda dentro dela seu antúrio tesudo, vejo entrar e sair de dentro de mim. Minha rosa e meu lótus acerejado, se contraem de tesão, piscam literalmente, meu sumo viscoso lubrifica todo seu caule. Eu me contorço de tanto prazer, enquanto ele me possui, de quatro, e ainda consegue alisar os biquinhos dos meus mamilos que estão entumecidos.

_ Me ame! Me ame muito! Implorei. Coma essa flor que é sua. Não pare meu homem, eu te quero tanto. Ame essa mulher que te deseja.

Eu estou alucinada por ele. O homem dos sonhos. Me dei conta que realmente falava isso, sozinha. Tudo era fruto da minha fértil imaginação. 

Refleti: _ Como é estranho tudo isto! Será que estou delirando? Se for, como é bom!

Um jato aquecido jorrou do antúrio dele e muita seiva penetrou na orquídea e no lótus carmim, escorrendo entre as minhas pernas, depois nos meus peitos e boca. Pronto, estou polinizada e plenamente realizada. Parece um sonho, e na verdade é. Minha orquídea e o lótus rubro ora se abrem, ora se escancaram de tanto tesão, mesmo depois de seivar muito. O homem dos sonhos mantem seu hibisco dentro de mim. Eu gosto, e como gata no telhado, em noite de lua cheia, ronrono de tesão e satisfação.

Em seguida, mais calma e realizada, penso: _ Que viagem fantástica é essa!

Há gozo no lençol que faz exalar um sabor de frutas exóticas, que entra na boca e me inebria. Por vezes um aroma de ervas finas se espalha por todo quarto. A borboleta continua a se exibir na janela, parece dizer adeus.

Vou até o banheiro e tomo um longo banho morno. Mas aquela brisa mágica com seu odor indescritível não sai das minhas narinas e do ambiente. Falo baixinho:

_ Como pode! Estou gostando de alguém que só existe em meus pensamentos. Que devaneios malucos e maravilhosos são estes? Tenho minhas coisas para fazer. Minha vida tem que seguir em frente: trabalho, casa, filhos, marido, amigos…

Fecho calmamente a porta do quarto e digo baixinho: 

_ Eu te quero muito, homem dos sonhos. Promete que voltará outras vezes para me fazer feliz?

 

Obs: Hibisco, antúrios, etc. Gênero masculino, as flores, gênero feminino.