Ao palavrório que se recita
vejo a poesia dista
tantas tralhas, tanto lasso
por que entre a alma que lateja
há a palavra que esquarteja
por essa e por outras
é que entre a azáfama
de tanta escrita
e às amarras que me induzem
ao nó do laço
prefiro as mãos abertas
para o infinito
para onde envio preces
e de vez em quando
um grito.
Maria Lucia (Centelha)