D.S.A

Sangue

Sangue, sangue por todo lado.

Não o sangue escarlate, quente, com gosto enferrujado que corre pelas veias em meu corpo. 

O sangue frio, congelante, amargo, dilacerador, que escorre e prova o assassinato de minha mente, a morte de tudo colorido dentro de mim.

Alguns chamariam isso de esgotamento mental, para mim, uma mera poetisa, é arte, a arte que me mata diariamente, que me rasga e me vê a cada dia que passa morrendo e quebrando lentamente.

Rasgando minha alma, o sangue prata que por onde passa deixa um estrago inimaginável; ele passou por tudo o que julgava importante, ele passou por mim.

O corpo chora pelo luto da alma, o sangue, sangue por todos os lados me abala.