Sangue, sangue por todo lado.
Não o sangue escarlate, quente, com gosto enferrujado que corre pelas veias em meu corpo.
O sangue frio, congelante, amargo, dilacerador, que escorre e prova o assassinato de minha mente, a morte de tudo colorido dentro de mim.
Alguns chamariam isso de esgotamento mental, para mim, uma mera poetisa, é arte, a arte que me mata diariamente, que me rasga e me vê a cada dia que passa morrendo e quebrando lentamente.
Rasgando minha alma, o sangue prata que por onde passa deixa um estrago inimaginável; ele passou por tudo o que julgava importante, ele passou por mim.
O corpo chora pelo luto da alma, o sangue, sangue por todos os lados me abala.