O espelho é seu maior rival
Um reflexo superficial
Com olhar negro mortal
Julgamento irracional
No pulso uma linha transversal
Sangue viscoso essencial
Silenciando a dor interna substancial
Um alívio sutil e superficial
A frustração atemporal
O peso da culpa integral
O sintoma do trauma colossal
A vergonha do segredo moral
Descer ao inferno sentimental
No calor da chama paradoxal
Queimando a carne em punição sensorial
De uma vítima ocasional
Transcendendo entre a dor e a inércia existencial
A dor é uma justificativa racional
O fundo do poço é um caminho natural
E a morte é uma saída emergencial
Neste ponto todo mundo parece imparcial
Cada um com sua vida especial
Sem perceber sua descida gradual
Para as garras frias da morte intencional
O sofrimento da realidade passional
Te faz esconder sua dor emocional
Pois acredita ser uma fraqueza irracional
Como um animal esconde a ferida fatal
Não há fraqueza na doença mental
Sua dor é válida e pessoal
Só você conhece os demônios da profundeza abismal
Da sua mente informal
A cicatriz no seu corpo é um grito visceral
Um pedido de ajuda crucial
Não é motivo de vergonha imoral
São marcas de uma guerra intemporal
O suicídio é uma caixa de pandora desleal
Você deseja que sua dor tenha um final
Mas também vai matar de forma brutal
Quem te ama de forma incondicional
Atrás de você há uma linhagem ancestral
Energias de força magistral
Ao seu lado o amor fraternal
Na espiritualidade uma força sobrenatural
A solidão não real
Busque ajuda profissional
Tente achar que não é assim tão mal
Guarde os pulsos para o final.
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