EPÍLOGO
Eu não preciso mais do seu abraço.
Eu agora não tenho mais sangue nem volúpia.
Até às flores que me dão
São desnecessárias
Eu nem sinto mais
o perfume que elas exalam.
Suas lágrimas
São inevitáveis
Mas elas
não devem ser diárias
Nem constantes
Eu não escutarei
mais o seu choro.
Não relembre
os meus feitos
Eles deixaram de existir
Foram todos apagados
E consumidos.
Até eu
me esqueci de mim.
Não precisa lápide
Nem frases feitas
Elas são apenas textos.
Não me celebre
Não chame
pelo meu nome
Nem vá
ao meu encontro
Já não sou
Já não existo
E não me procure
onde não estou
Fui apenas algo
que passou!