Ashira Saiko

Respeita as minas Porra

O pornô cada vez mais violento 
As idades só vai descendo 
O prazer na falta de consentimento 
A força bruta no tratamento 

Corda, sangue e grito de dor 
Tortura sem nenhum pudor 
Quanto mais infesa a vítima for
Maior será o prazer e o torpor 

Esse vício é como a areia movediça 
Vai puxando pra baixo enquanto atiça 
Afundando no limbo da podridão 
Uma epidemia Oculta na multidão

O estupro é o primeiro no ranking mundial 
Em site de cunho imoral
Uma hora a tela deixa de dar prazer 
E apenas um corpo quente pode satisfazer 

E a culpa é sua se for abusada 
Ninguém mandou nascer mulher e ser sexualizada 
O homem é fraco sexualmente 
Que não consegue segurar o impulso da mente 
 
A tradicional família brasileira 
É só uma hipocrisia Corriqueira 
Esconde um monstro sexual
E culpa a mulher pelo crime imoral

Não ouse sair de casa sem estar maquiada 
É falta de higiene não estar depilada
Seja doce e comportada 
Pareça inocente e infantilizada 

Afinal, qual o prazer de uma caça
Se a vítima for forte e sem graça
A mulher é criada pra ser vitimizada
Para aceitar a violência calada 

Não importa se for criança, adulta ou idosa 
Algum fetiche vai torná-la gostosa 
Até aquela que já esta morta
É objeto de prazer para uma mente torta 

E ai dela se quiser abortar
Se o filho do monstro não quiser criar 
E se der para a adoção então 
Vai ser massacrada pela multidão 

O único beneficiado é o agressor 
Vive livre como um obsessor 
Pois sabe que a vítima será desacreditada 
E por muitos será destratada

Ele não quer educação sexual na escola 
Pois a criança saberá o que a viola 
Será a ruína de seu reinado 
Para ver o sol nascer quadrado 

Um estupro a cada 10 minutos 
É uma epidemia de monstros astutos
84% cometido por familiar ou conhecido 
Alguém de confiança que passa despercebido 

Não são os gays que destroem nossas crianças 
São homens de bem e suas crenças 
Demônio não tem cara de demônio 
Usam Máscara de cordeiro no silencioso pandemônio 

Fingir que isso não acontece é apologia
Culpar a vítima é falta de empatia 
Desacreditar a criança é negligência 
Se calar é condescendência 

Eles jogam a sociedade contra a minoria 
Tornando o preconceito uma terrível mania 
Deturpada com pseudos princípios
Armando ainda mais os maníacos

É tudo parte de um jogo forjado 
Para manter todo mundo ocupado 
Defendendo um ideal implantado 
Enquanto o sádico se aproveita infiltrado 

Não seja mais um manipulado alienado 
Veja o que está oculto no princípio retrógrado 
E não importa o que ocorra
Respeita as minas, Porra. 

 

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