O Príncipe da Pérsia , fitando os seios da Imperatriz Kaileena, diz:
- Venha comigo, até o presente
Mas ela, em tom de desprezo, o refuta:
- Para você me matar, no seu tempo, reticente...?
- Sinto muito, mas apenas um poderá o tempo chantagear
Por muito tempo esquivando o Senhor das Sentenças, o Dahaka, o Príncipe treplica:
- O que? Os indignos destinos, evitáveis espumas das ondas do mar?
- Estas que Dahaka pulula como estrela do Mar encrustada na lava infernal?
Kaileena ergue uma sobrancelha:
- Precisamente, isto que chamamos fatalidade
O Príncipe, angustiado, com fé, exige:
- Clamando, peço-te, coroe-se minha deidade
Atormentado pelo seu eu do futuro, já cego, a voz do Príncipe Ancião ecoa:
- Mas em todos os possíveis futuros, há caos
Ambos gritam:
- E o que não é caosgenia, afinal?
Mas as rubificadas criaturas zumbis, feitas de areia, conclamam:
- Tudo que é vosso é por direito meu
- E meu será no trono forjado por Asuraseus
Ah, a voz na candeia infectando o Príncipe, já cocainado pelos grãos de Kaileena, entorpecida e morta...
- Asuras seus?
A consciência babilônica contra o inconsciente que legisla...
- Isto, meu, o antídoto às preces...
Conforme Príncipe e Imperatriz padecem
E o quantum da ampulheta...!
Perfila-se até exaurir
O último grão de areia
Dos cordados jogos a trapacear o tempo!
Sobretudo, como faro de um Vizir ansiando ladrar
Como Larápio, o trono por direito
Há sempre a cúpida flecha de uma Princesa Farah
Que sendo luz em meio às trevas, ó deleito
Desoxida todo cancro persa inevitável
Moral da história: evite impérios e Imperatrizes
Continue sendo marginal principado
Nunca fertilize grãos do tempo em Imperatrizes
Tornando seus seios mofados, mofinos
Continue sendo marginal principiante principado
Fertilizando fila indiana de elefantes e Cupidas