... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SOFRENTE CANÇÃO

O tempo amarelou meu verso apaixonado

Porém, não afastou aquela ilusão sonante

Deixou o instante imaculado e no passado

De modo nostálgica a saudade sussurrante

 

E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado

Com sensação no peito e emoção gigante

Tão distante, me vejo, num suspiro calado

Com uma faiscante aflição, tão devorante!

 

Que pena! Tudo parecia não ser engano

Teu olhar tinha o sonido dum suave piano

Trazendo aquele sossego para o coração...

 

Mas a poesia que aparentava mais sentido

Na privação o meu desejo tornou-se diluído

Em dor, em solidão e uma sofrente canção!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG

 

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