Nos vergéis dos sonhos adormeceste,
Teu rosto de serenas madrugadas,
Lembravas-me da tarde que morreste,
As flores pelo vento desfolhadas.
Olhavas para o céu que escureceste,
Teus olhos de etéreas alvoradas,
Lembravam a mudez com que colheste
Os goivos do passado nas estradas.
Ia calada envolta em brancos linhos,
Na alma trazia das tardes os encantos
Dos poentes que morriam nos caminhos...
E a lira da saudade lacrimosa,
Que tecia a melodia dos seus prantos,
Vibravas como pétalas de rosa...
Thiago Rodrigues