Seu olhar meigo, bondoso...
Compreensivo e acolhedor...
Seu jeito extremamente carinhoso
Era a tradução do amor...
O mais puro amar... Amor...
Minha querida vovó Eva,
Seu afeto sempre me “fez voar...”
Como pluma que o vento leva...
E não se sabe onde vai parar...
Saudade tenho do teu abraço maternal
Que me aquecia e protegia do mal...
Admirável mulher... Boa mulher...
De corpo frágil, bem pequenino
Mas, com enorme coragem e fé...
Ousada, bem jovem gerou menino
E com meu avô teve dez filhos
Criando alegremente a todos...
Onde vivíamos, na zona rural
Havia outra indescritível felicidade:
Comer seu doce de caju com sal
O sal era em pouca quantidade,
Fazia muita diferença ao paladar
E só a senhora sabia ponderar!