Em uma noite de quarta,
Eu ando pela estrada;
Desnorteado, quebrado, partido
A beira de um surto nada coletivo
Na parada, na estrada,
Na mão, uma arma,
Ela mata, não dispara,
Das cinzas, atira brasa
Mas que se exploda,
Foda-se o patrimônio
Que nesse fogo do inferno
Vire o mais belo pandemônio
Porque dessas cinzas eu traguei,
Vi que um dia te amei,
Assim como eu te chamei,
Eu friamente o apaguei
Ela vai mudar por mim
Luz de um Querubim
Mas não dê \"tim-tim\"
Enquanto não chega ao fim
No seu amor tátil,
Tudo que vem fácil,
Do seu amor sápido
Vai embora rápido
Por mais uma noite vou tragar,
Não me peça pra ficar,
Do seu amor quero provar,
Mas não me peça pra ficar
Até o último trago,
Vivemos solenemente
Por que o cigarro?
Porque mata lentamente
L.R.