Perséfone

E quem eu sou?

Talvez aquela menina apaixonante de olhos profundos e meigos.

Talvez eu seja a junção entre o certo e o duvidoso.

Talvez eu seja o mistério, o ausente ou o inerte.

Talvez eu seja uma ideia, uma frase e um dicernimento.

Sou aquela que não sabe quem é, que tem ínfimas dúvidas e poucas respostas, que vai do demasiado ao mais simples verso.

Sou aquilo que não se pode compreender, sou o vento a lua e as estrelas, um pensamento e tudo aquilo que eu imaginar.

Sou a graciosa, a esquizofrênica, a bonita.

Sou o oculto, algo que não se compila, poema sem rima, apenas uma menina à sombra de uma mulher, a eterna sonhadora e a autora da minha própria história.