Não sei amar sem deleite,
sem ternura, sem tesão.
Amar é muito e sempre,
entre paredes e emoções.
Amar-te me fez impuro,
em pensamentos nessa cama.
Me fez lascivo e amante,
temente dessa intensa paixão.
Entre coitos e acertos, apresso-me.
Amar-te me fez assim, repentino,
entre desejos e afobação.
Amar-te entre sonhos e rumores.
Amar-te como amante, simplesmente!
Entre delírios e virtudes, amar-te...
Amar teus mistérios nessa fome,
nessa loucura, nessa nudez tresloucada.
Amar-te entre desertos, entre oásis,
entre mares e terras, ter-te completamente.
Entre jardins e silêncios, penetrar-te,
profusamente amanhecer em teus braços.
Quero amar-te entre fogos e demônios,
entre tardes quentes e noites escuras,
entre medos e esperanças, amar-te sempre.
... e se ainda faltar amor, venhas nua, mas venhas!