Arnisandro Oliveira Queiroz

MAIS UM JANEIRO

MAIS UM JANEIRO

 

Até a tatuagem desbota

A fotografia fica cinza

A vida vira em cinzas

O coração emudece

 

Uma via de uma mão só

Enquanto amor é bem vinda

Mas no caminho da saudade

É a beira de um penhasco

 

Sofre coração pecador

Sofre só e abandonado

Impedido de falar

Será tão grande o teu pecado?

 

Passam os dias e os meses

E a solitude só aumenta

E aquele mês mais quente

Gravado na pele

Nunca mais vai existir

 

Até o janeiro mais pleno

Vira inverno e vendaval

Sem carinho não há calor

Viver sem o amor é uma tormenta.