Victor Severo

Crença.

É claro que eu creio.

Que por tua alma anseio.

Nesses teus olhos claros.

Qual diamantes raros.

Possesso, devaneio.

Bebendo no teu seio.

Confesso que eu creio.

Largado em desamparo.

Para o gozo me preparo.

Em teus mistérios passeio.

E por nada mais receio.

Pois tu és minha crença.

E qual criança propensa.

A crer no que me ensinas.

Teu amor é minha sentença.

Amar-te é minha sina.