Gosto quando brilha
E quando de mim se esconde faceira
De brincadeira
Nessas voltas que o mundo dá...
Quando se camufla nas fartas sombras do meu ser
Fantasia-se, percebo-lhe sem dizer
Sem nada escrever
Elipse, eclipse...
Gosto desse tapete de estrelas
Amplidão de beleza infinita
Da passarela em que orbita
Divaga, divaga-me, arrebata-me o eu...
Quando despida da luz se insinua
Vejo sua silhueta e o despertar do desejo
Ansiando sua tangência nua
Renova-me sonhos...
Gosto dessa grandeza, da sua exaltação
Da fartura do cio, das marés
Do lumiar do seu clarão
Quando cheia no meu horizonte...
Quando no solo do seu esplendor
E na alma do meu terreiro
Saúdo São Jorge guerreiro
Padroeiro do nosso amor...
Gosto quando brilha
E quando de mim se esconde faceira
De brincadeira
Nessas voltas que o mundo dá...