Viajo nesses poemas,
tropeçando entre palavras,
buscando rima, versos,
compassando, enterneço-me.
Emoções afloram,
ritmando meus anseios.
Construir é tão difícil...
Me refaço, persisto, insisto.
A poesia se constrói,
com calma, passo a passo!
Queria refazer meus versos,
desfazendo meus tropeços, resistindo!
Não desisto, insisto,
entre desencantos insanos,
refaço tantos poemas,
cantando amores e dores.
Prefiro a loucura dos poetas,
seus clamores e desamores.
Entardecer nessa busca intensa:
a poesia é o que basta nesses versos...
Ainda que a poesia não cative tantos,
outros insistem nessas rimas, nessas estrofes
pactuando com as palavras,
com as mãos o que aflora entre insônias.
Esses poetas se libertam,
descobrindo entre tropeços,
novas formas, novos afetos,
construindo, desatando, sempre.
Assim são os poetas entre palavras,
entre angústias, entre sonetos e versos.
Ser poeta é sempre buscar seus sentimentos!