Edla Marinho

INOCENTE

INOCENTE 

Sem dar chance de defesa, o julgar
Fere à espada a alma do inocente. 
Não se importando com o que o outro sente, 
Segue o injusto julgando sem pensar 

Que até a razão também pode errar
Quando o ego é quem lhe norteia a mente. 
No que é certo se nega a acreditar 
Por mais que explicar o julgado tente. 

O julgador é como um ser demente, 
Negligente ao mandamento de amar, 
Ficando assim, sua alma doente. 

Mas o inocente vai continuar 
Abraçado à verdade, fielmente. 
Pra não ser julgado, não vai julgar. 


          Edla Marinho 
         19/07/2022