Como num ato de mais puro amor incondicional
Ele se jogou de peito aberto contra o destino
Sorrindo, caiu no obscuro fosso abissal
Imaginando estar sonhando como quando era menino
Expurgou os males de sua mente insana
Sem se desapegar de sua sobriedade
Sempre acreditara possuir uma alma profana
Que achava ser apenas fruto de sua idade
Lembrou-se de quando seu coração despertou
No momento em que seus olhos se encontraram
Até o final do conto mais trágico ele a amou
Mas as sombras da morte os separaram
Agora ele mergulhava contra o escuro
Na tentativa de resgatar o que lhe foi retirado
Arriscou-se em um imprevisto futuro
Sem saber que seu destino já estava traçado
O chão chegou antes do arrependimento
Fazendo para sempre a sua alma então vagar
Pois ele descobriu em seu último momento
Que ela não o aguardava em seu altar...