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Thiago R

Trago na alma brancas as primaveras...

Trago na alma brancas as primaveras,

Que outrora floriram na escuridão,

Os campos áureos de passadas eras,

E luares de etérea solidão. 

 

A voz que me recorda quem tu eras,

Pelos ermos soluças um violão...

Hoje sinto do tempo tão severas 

As mãos frias tocarem minha mão. 

 

Aquela estrada desaparecera,

Cobriste a névoa os teus lírios mortos,

E o arvoredo sem flores já morrera...

 

Um silêncio de olhares doloridos 

Vagueia nesse mar que não tem portos 

Buscando sempre pelos tempos idos. 

 

Thiago Rodrigues