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CORASSIS

Ode ao amor

Caminhei entre as graças do canteiro
O calor  da amada e dos acolchoados
da cama perfumada
Eram um confortante braseiro
Mas depois de tanto gracejo
O coração nostálgico já é meu parceiro
No peito hospedeiro
E na desgraça a paz é sempre
Bem vinda
Mas a rota é sempre a fuga da solidão
Essa dor é o fantasma tolerante
Aos ais profundos
Que sufocam a garganta
Enquanto vertem lágrimas
No vaso quebrado
Por embrutecidas mãos.
O amor é um insensato operante  coadjuvante  não aparece
Em  cenas principais
Eu quero mesmo a monotonia dos casais 
Octogenários
De amor sincero e de mãos dadas
Ao entardecer na praça da matriz
Tenho invejado seus  sorrisos permanentes e raro
O amor será de certo
Um sensato vibrante
A contagiar gerações
Como eu.