Ah! Como gostaria de poeta sê-lo!
Para tanto, preciso de lirismo
e com ritmo, um poema concebê-lo.
Neste meu viver cheio de oscilações
ora avanços, ora nos trancos,
entre tentativas, acertos e erros
disto, advém minha frustração e desespero
Ora, então, como fazê-lo?
Criando rimas aleatórias.
nas manhãs risonhas, tardes monótonas
e noites na imersão de segredos
Para existir o poema preciso
de arrojo, liberdade, sem medos.
E quem irá lê-lo?
Talvez apenas eu e um visitante
noturno e insone que vive o mesmo enredo
Pensei em fazer um apelo
inserindo nas linhas algo alheio
Estranho, fugindo do atual modelo
Puro desespero!
Ainda confusa nesse emaranhado
e sem muito zelo
finalizo este sem nem saber o começo.